O Conselho Geral da Ordem dos Advogados promoveu, no dia 8 de março, no salão nobre da OA, as comemorações do Dia Internacional da Mulher.
No âmbito destas comemorações, teve lugar a conferência “Direitos Civis das Mulheres: o impacto na vida das mulheres nos últimos 50 anos”, numa organização conjunta do Conselho Geral e da Comissão dos Direitos Humanos da OA (CDHOA).
A conferência abordou as alterações que ocorreram nos direitos civis das mulheres ao longo dos últimos 50 anos de liberdade e o impacto que isso teve nas suas vidas, e contou com as intervenções de Isabel do Carmo, Médica, Maria José Ribeiro, Fundadora do MDM, Irene Flunser Pimentel, Historiadora, Helena Pereira de Melo, Professora, Luísa Dâmaso, Presidente da UGT e, ainda, Luís Rosa, Jornalista, na moderação do painel de oradoras.
Já a sessão de abertura esteve a cargo da Presidente da CDHOA, Dra. Cristina Borges de Pinho e do Presidente do Conselho Superior da Ordem dos Advogados, Dr. Paulo de Sá e Cunha.
Na mesma ocasião foi ainda entregue o prémio “Elina Guimarães” de 2024, que o Conselho Geral deliberou atribuir à Advogada, Dra. Margarida Malvar e à Procuradora, Dra. Aurora Rodrigues.
A decisão do Conselho Geral em atribuir o prémio assenta na luta ativa destas duas mulheres contra o regime do Estado Novo quer pelos seus direitos enquanto mulheres quer pelos direitos de outras mulheres, e na defesa dos valores democráticos e de igualdade.
Importa realçar que o Prémio Elina Guimarães “visa distinguir personalidades que se tenham destacado especificamente na defesa dos direitos das mulheres e na defesa da igualdade de género”.
Na impossibilidade de estar presente, o Presidente da República, Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, enviou uma mensagem escrita a todos os presentes, onde felicitou a Ordem dos Advogados pela organização de mais uma sessão comemorativa do Dia Internacional da Mulher, este ano em especial pela celebração de meio século do 25 de abril, tendo dado ênfase a três aspetos: “a ligação incontornável entre a instituição da Democracia e o caminho para a igualdade de género”, “a importância de continuarmos a celebrar o exemplo de mulheres que nos inspiram e motivam na sua luta pela democracia paritária” e, ainda, “sobre o facto de persistirem ainda barreiras no caminho para a plena paridade de género e de a Democracia nos interpelar a continuar este caminho”.
Foi ainda inaugurada uma exposição de pintura da artista Daniela Reis, cujas obras “Nem todo o corpo é carne” e “Do lugar onde me encontro” estiveram patentes de 8 de março a 1 de abril no Salão Nobre da OA.