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Manuel de Andrade Neves, o Advogado que coleciona ‘néons’ de publicidade

 

Manuel de Andrade Neves tem uma paixão, além da Advocacia: a Publicidade. Foi isso que o levou, há mais de 20 anos, a começar a colecionar objetos desta atividade, como os velhinhos e, hoje, fora de uso, ‘néons’ que alegravam fachadas e topos de prédios. A coleção começou por animar as paredes e divisões de casa, mas hoje em dia já ‘invadiram’ o espaço do seu escritório. Fique a conhecer a sua história.

  1. O que o levou a escolher este tipo de objetos como coleção amadora?

A publicidade sempre me fascinou, sobretudo pela forma como consegue — ou não — transmitir eficazmente uma ideia, um produto ou um serviço. Existe aqui uma ligação evidente à minha profissão, associada à estética e à expressão visual e plástica que me atraíram para estes objetos. Quando, nos anos 90, começaram a perder relevo face a uma publicidade mais eletrónica e menos estática, comecei a notar que alguns estavam disponíveis para compra.

  1. Como e quando começou a sua coleção?

Há pouco mais de 20 anos, talvez, através de leilões, feiras de velharias e antiquários, numa altura em que estes objetos ainda não tinham grande procura. Hoje, o panorama é muito diferente: tornaram-se peças de decoração disputadas, existem lojas especializadas e até reproduções com selo ´’vintage’, facilmente encontradas online ou em feiras. Quem quiser algo genuíno tem de ter cuidado, como acontece com qualquer objeto antigo de valor.

  1. Descreva os aspetos mais interessantes da sua coleção.

Curiosamente, muitos deles estão ligados à área a que me dedico profissionalmente — a energia. Os maiores estão no meu gabinete (em casa já não há espaço…), o que até serve de indicador: se as luzes estão acesas, é porque estou presente. Guardo marcas que já desapareceram, mas que marcaram o quotidiano da minha geração e outras gerações, como a Morris ou a Gazcidla, e que despertam sempre reações nostálgicas. Tal como muitas coleções, são grandes desbloqueadores de conversa e levam-nos a contactos e sítios inesperados.

  1. Partilhe alguma(s) história(s) particular que tenha vivido por ter esta coleção como atividade de tempos livres.

Já referi que este tipo de reclames quase desapareceram do mercado e no início, o maior desafio era o restauro e sobretudo a eletrificação dos mesmos. Depois de muita procura, acabei por ‘tropeçar,’ por acaso, em dois velhos eletricistas que trabalhavam apenas para cinema e publicidade. A média de idades deles devia rondar os 98 anos. Deus os conserve por muitos mais anos, porque são uma verdadeira bênção!

Perfil

(1969), Manuel de Andrade Neves é sócio da Abreu Advogados desde 2001, integrando a sociedade desde a sua fundação em 1993. Depois de um mestrado em Ambiente e Ordenamento do Território em Estrasburgo, especializou-se em Direito Público e Ambiente, áreas onde tem vasta experiência em energia, recursos naturais e contratação pública, em Portugal e em países como Moçambique, Angola e Timor-Leste. Foi fundador e diretor da Euronatura, desempenhou funções governativas na área do Ordenamento do Território e Conservação da Natureza (2002-2003), integrou órgãos consultivos nacionais e europeus de Direito do Ambiente e é professor convidado em várias instituições de ensino superior nestas áreas.

 

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DISCLAIMER

Esta rubrica pretende dar a conhecer atividades desenvolvidas por Advogados, para além da Advocacia. No entanto, estes artigos não representam, por parte da Ordem dos Advogados, qualquer tipo de endorsement das marcas, produtos ou empresas mencionadas pelos participantes.

 

 

 

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